Brasil

Nota da ANPUH sobre a destorcida ‘reportagem’ de O GLOBO sobre os Black Blocs

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No ultimo domingo O Globo publicou uma reportagem grosseira sobre o [̲̅B̲̅l̲̅α̲̅c̲̅k̲̅ ̲̅B̲̅l̲̅σ̲̅c̲̅k̲̅ ̲̅B̲̅я̲̅α̲̅ร̲̅i̲̅l̲̅], , um fenômeno anarquista que emergiu nas manifestações pelo Brasil afora.

O texto assinado por Sérgio Ramalho – assim como outros publicados pela mídia tupiniquim – é uma tentativa mal elaborada de simplificar uma forma de protesto bastante complexa.

Antes de aparecerem por aqui, os Black Blocs já vinham atuando há muito no Canadá, Estados Unidos e na Europa Ocidental.

A notoriedade veio após a célebre “Batalha de Seattle”, em 1999, quando milhares rebelaram-se contra as negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC) e alguns de seus membros atacaram propriedades de multinacionais como Nike, McDonald’s, GAP, entre outras.

A hostilidade contra grandes corporações resgatou uma tradição que marcou os protestos antinucleares do ocidente como, por exemplo, o bloqueio e depredação de linhas ferroviárias com o objetivo de dificultar a implantação de usinas e transporte de material radioativo, tal qual ocorreu em Wyhl, na República Federal da Alemanha, nos anos 1970.

O coletivo assenta raízes na esquerda europeia, é assumidamente anarquista e irrompeu em várias partes do mundo, assumindo posições de destaque nos protestos antiglobalização da última década em Londres, Copenhagen, Nova York, Berlim, Atenas, Cidade do México, entre outras.

A repressão desproporcional dos governos ocidentais forçou seus componentes a adotarem táticas cada vez mais agressivas. Ao contrário do que diz o texto do Globo, a confrontação não é adotada como medida de protesto gratuitamente. Antes, é uma força reativa que responde às manobras violentas e criminosas das forças policiais, estas sim provocativas e intimidadoras.

Por aqui os jornalões brasileiros insistem em pintar os anarquistas de preto como figuras violentas, perigosas e desinformadas. Diz o Globo que “por trás das máscaras, capuzes e roupas pretas, uma miscelânea de referências, muitas delas contraditórias, ditam o comportamento do grupo (…)”.

Esquece o jornalista que a indumentária negra é parte de uma tática de guerrilha urbana, na medida em que causa evidente impacto psicológico nas forças repressoras do Estado, além de assegurar o anonimato e evitar consequentes retaliações. Segundo, como grupo heterogêneo e descentralizado, não era mesmo de se esperar que seus membros apresentassem um comportamento uniforme.

Em comum apenas a desobediência civil e a recusa ao pacifismo como tática de ação. É bom manter em mente que nas recentes manifestações no Brasil, marcadas pela violência e arbitrariedade das autoridades, muitas vezes eles são os únicos entre a massa de manifestantes e a cavalaria pesada.

Reportagem do Globo: http://oglobo.globo.com/pais/black-blocs-violencia-como-tatica-referencias-confusas-9027822

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Parabéns a Associação Nacional de Historiadores (ANPUH) pela nota, muito bem vinda, de repúdio à insensata estupidez da grande mídia brasileira que ainda se acha capaz de criar os vilões e os mocinhos da nossa história. Não Passarão!

Favor não confundir a reação do oprimido com a violência do opressor.

Obrigada, ANPUH!

“Tortos” e Direitos Humanos

Algo precisa ser estudado, refletido, pensado, questionado e debatido publicamente. E é urgente. Seja pelo ponto de vista da História, do Direito, da Sociologia ou da Antropologia. As humanidades precisam olhar com mais atenção para isso.

Há pouco li a seguinte nota a partir de um link no Facebook do Deputado Jean Wyllys:

“Alvos recentes de uma pesada campanha difamatória e caluniosa por sua firme oposição à eleição e permanência do deputado Pastor Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, dadas as suas declarações públicas de teor racista, homofóbico e misógino em redes sociais e fora delas, os deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ), Erika Kokay (PT-DF) e Domingos Dutra (PT-MA) decidiram representar criminalmente – por calúnia, difamação, falsificação de documento público, injúria, falsidade ideológica, formação de quadrilha e improbidade administrativa – o deputado Pastor Marco Feliciano, o pastor Silas Malafaia, e os assessores parlamentares Rafael Octávio, Joelson Tenório, André Luis de Oliveira, Roseli Octávio e Wellington de Oliveira, por produzirem vídeos, notas, postagens em redes sociais, ou colaborarem ativamente na propagação destas, atribuindo aos deputados, entre outros, a defesa da pedofilia como bandeira política.”

Comecei a ler a representação criminal dos deputados e só consigo ficar mais perplexa com o tipo (baixo!) de disputa por autoridade e verdades que está em andamento. A busca desmedida pelo “poder” pela via da desclassificação do outro, não pela via da Política. Como historiodora e defensora do Estado Laico (pois isto é coisa do homem), manifesto meu desapontamento e insatisfação perante tudo isso. Como ser humano livre para amar o próximo – independente de seu sexo e opção sexual -, manifesto minha revolta pela Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da nossa Câmara de Deputados estar sendo presidida por um homem que tem se mostrado tão incapaz de compreender as diferenças que nos fazem tão maravilhosos.

Preocupa-me a campanha de ódio que se alimenta dessas brigas e utiliza a Internet para divulgar aos quatro ventos a sua intolerância. Preocupa-me uma política que busca a segregação calcada no preconceito. Preocupa-me a inocência daqueles que, emotivamente envolvidos, assumem o discurso do outro como seu, sem ter tido a chance de problematizá-lo. Eu sinto muito viver nesta sociedade em que algumas pessoas devam aceitar o constrangimento ao medo de serem quem são em nome de uma moral supostamente fraternal e critã como a que vem sendo esbravejada por “irmãos” como Silas Malafaia e Marco Feliciano. Eu realmente custo a acreditar que a associação absurda entre pedofilia e homossexualidade (já batida em blogs de ódio como o escabroso Silvio Koerich, cujos mentores foram presos ano passado) esteja sendo reproduzida na Internet sem maiores problemas, na cara (senão, pelas mãos e bocas) de políticos que deveriam zelar pelos Direitos Humanos.

O trecho da representação criminal que descreve os fatos motivadores da ação é mais do que suficiente para ilustrar minha incredulidade. Ler a transcrição do vídeo PASTOR MARCO FELICIANO RENUNCIA (até o momento que escrevo este post, visto 539.038 vezes), linha por linha, sem o envolvimento dos efeitos sonoros e imagéticos da montagem, me fez parar por mais uma vez para refletir sobre o que está acontecendo. Isto é coisa pública, não deve ser uma causa das minorias, deve ser, e é, um problema de todos. Eis a transcrição:

II. O vídeo manipulado e afrontoso conclamando os fiéis contra parlamentares ligados aos Direitos Humanos e acusando os deputados de defensores da pedofilia.

O Deputado Federal Pastor Marco criou uma produtora em nome de um dos seus assessores: a WAPTV Comunicações. Essa empresa fica encarregada da criação de diversas campanhas publicitárias de crimes contra a honra de defensores de Direitos Humanos. Um dos seus produtos recentemente criados foi o vídeo com o título “Marco Feliciano Renuncia”. Vejam a transcrição do instrumento de divulgação ilícita:

Locução: – “Marco Feliciano. Cansado. Sobrecarregado .
Caluniado.”

Vozes de manifestantes: “Feliciano! Racista! Feliciano! Racista!”

Locução: -“A sua última alternativa… Renunciar! A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados sempre foi presidida por simpatizantes de movimentos homossexuais. ”

Fala da deputada Érika Kokay: – “Houve um aumento muito grande de beijo na boca no Brasil em praça pública.”

Locução: – “Somente o anúncio de que poderia ser ele o presidente da Comissão já provocou revolta dos simpatizantes da causa LGBT. Pelos corredores, deputados organizaram de forma obscura a manipulação de protestos para coagi-lo a desistir

“Fala do deputado Jean Wyllys: “Ele não vai aguentar essa pressão que é uma pressão nacional.”

Locução: “Quem são esses manifestantes?”

Fala do deputado Jean Wyllys: “(…) receber quando todo mundo descer e que a gente decidir coletivamente, Tem que aprender a agir coletivamente (…)”

Locução: “Líderes que fazem discursos políticos, inflamados no preconceito contra cristãos…”

Fala do Reverendo Márcio Retamero no Seminário Nacional LGBT 2012: “ (…) o casamento civil igualitário vai dar muito trabalho porque essa desgraça dessa palavra tá eivada de sentimento cristão (…)”

Locução: “Eles dizem ser política…”Voz de manifestante: “Isso aqui é um movimento pacífico. Esse movimento não é contra a religião do Feliciano, hein… ”

Locução: – “Mas a pergunta: por que receberam suas entidades na entrada de uma igreja evangélica?”

Cenas de manifestantes batendo tambores em frente a igreja do deputado Feliciano em Ribeirão Preto.

Locução: “Por que gritavam palavras religiosas?”

Vozes de Manifestantes: “Saravá! Saravá!”Locução: “E por que agrediram uma pessoa quando decidiu gravar a sessão de ritual macabro?”

Cenas com legenda de identificação do ativista LGBT Fábio Jesus, presidente da ONG Arco-Íris, que levou a mão à câmera do cinegrafista que filmava os protestos em frente a igreja do deputado Feliciano.

Fala do deputado Jean Wyllys no programa ‘Sem Sensura’ da Tv Brasil, exibido no dia 03/07/12: – “ (…) Daí a importância do meu mandato. Eu não temo não me reeleger. Eu não tenho medo de não me reeleger. [Corte de imagens] (…) Os orixás me
deram esse mandato.”

Cenas repetem imagens realizadas em frente a igreja do Deputado Marco Feliciano em Ribeirão Preto aonde manifestantes aparecem tocando tambores e um ativista LGBT
aparece impedindo a filmagem utilizada no vídeo ‘Pastor Marco Feliciano Renuncia” .

Locução: “Toni Reis, presidente da Associação de Lésicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Ele pede privilégios para essa classe, alegando ser eles perseguidos violentamente, mas na verdade a violência vem dele mesmo.”

Imagens da Comissão de Direitos Humanos do dia 13/03/2013 aonde mostra-se Toni Reis discutindo com um senhor, aparentemente um representante ou pastor de igreja evangélica.Legenda: “Toni Reis agride covardemente um idoso”.

Fala do Toni Reis: “Eu não sou cristão. Eu não sou obrigado. “

Toni Reis empurra o representante ou pastor de igreja
evangélica.

Locutor: “E chega nas Ruas…”

Legenda: “Apresentação de Gupo Católico e tumultuada por
ativistas LGBT”.

Imagens da “Cruzada pela Família” promovida pelo Instituto Plínio Corrêa na cidade de Curitiba, PR, 14/01/13, contra os direitos LGBT e contra os direitos das mulheres em que
cidadãos curitibanos protestam contra a manifestação discriminatória do Instituto.

Legenda: “Sem reações Grupo Católico é agredido Fisicamente
por ativistas LGBT”.

Legenda: “Seu Líder “É QUEM” dá O exemplo”; Repetição de imagens do Toni Reis discutindo com um representante evangélico na Comissão de Direitos Humanos no dia 13/03/2013.

Apresentação de manchetes/títulos de matérias em sites:
– “Universitário é espancado por travestis e homossexuais em Vitória” – O Globo.

– “Lésbica com ciúmes arranca lábios da namora. Elas são tão “românticas” – Blog resistenciacristaj.blogspot.com.br

– “Lésbica mata companheira com 2 facadas” – gazetadigital.com.br

– “Lésbica mata parceira em Cuiabá após descobrir gravidez,diz polícia” – G1.

– “Travesti diz que matou deficiente em legítima defesa” – campograndenews.com.br

– “Travesti preso é suspeito de matar mulher em São Pedro da Aldeia, RJ” – G1.

Legenda: “Agressão na Porta da Igreja”; repete-se cena de ativista LGBT impedindo filmagem em Ribeirão Preto.

Fala do Reverendo Márcio Retamero no Seminário Nacional LGBT 2012: “Eu estou disposto a pegar em armas se preciso for”.

Locução: “Tudo isso apoiado por estes deputados”

Imagens dos deputados Érika Kokay, Jean Wyllys e Domingos Dutra.

Locução: “…. tendenciosos ….”

Fala da deputada Érika Kokay: – “Antes da faca entrar, ela é afiada, ela vai sendo afiada, e todo mundo vai vendo que a faca esta sendo afiada e nada é feito enquanto a faca está sendo afiada.”

Locução: “… Agressivos….”

Fala do Reverendo Márcio Retamero no Seminário Nacional LGBT 2012: “Eu estou disposto a pegar em armas se preciso for!”

Locução: “Eles visam a aprovação de leis como: a legalização do uso de entorpecentes como a maconha, a liberalidade sexual entre elas casamento de pessoas do mesmo sexo.“

Fala dá repórter da Tv Câmara: “Deputado Jean Wyllys, um plebiscito sobre o casamento gay, qual que é sua opinião?”

Fala do deputado Jean Wyllys: “A gente não pode deixar na mão de uma sociedade que não é bem informada determinados temas, eu acho que os deputados partem da mesma ignorância e dos mesmos preconceitos que grande maioria da sociedade parte.”

Locução: “A pedofilia justificando ser ela capaz de educar sexualmente uma criança de apenas 6 anos.”

Fala da psicóloga Tatiana Lionço no Seminário Nacional LGBT 2012: “Gostaria de iniciar abordando um tema um tanto controverso que é o da sexualidade infantil.”

Fala do pesquisador da UFRJ: “Trabalhar gênero e sexualidade não tem idade mínima.”

Fala da psicóloga Tatiana Lionço no Seminário Nacional LGBT 2012: “Meninos e meninas brincam inclusive sexualmente em seus corpos com outros meninos e meninas.”

Fala de ativista LGBT participante do Seminário Nacional LGBT 2012: “É que as crianças estão aparecendo.”

Fala da psicóloga Tatiana Lionço no Seminário Nacional LGBT 2012:: “Que deixem as crianças brincarem em paz.”

Legenda: APOLOGIA AO HOMOSSEXUALISMO PAGO SEU DINHEIRO.

Fala da representante da ONG Ecos no Seminário Nacional LGBT sobre suspensão do material “Escola Sem Homofobia”: -“E outra… esse material foi feito com recursos públicos.”

Fala do Toni Reis no Seminário do Plano Nacional de Educação por uma Educação sem Homofobia: “Gostaria de agradecer a comissão de direitos humanos ai dos nossos queridos deputados que inclusive aprovamos uma emenda de 11 milhões na semana passada, obrigado ao Chico Alencar que tem sido nosso grande articulador.”

Fala da representante da ONG Ecos no Seminário Nacional LGBT sobre suspensão do material “Escola Sem Homofobia”: – “Recursos da nossa população, que vem dinheiro publico.”

Legenda: “Para ensinar homossexualismo usam o seu dinheiro.”

Locução: “A regularização de profissionais do sexo.”

Fala do deputado Jean Wyllys: “A lei Gabriela Leite é uma lei que regulamenta a prostituição e descriminaliza as casas de prostituição no Brasil.”

Locução: “Sim, o reconhecimento de prostituição como profissão regulamentada e legalização do aborto. “

Imagens de bebês vivos e saudáveis e de fetos abortados posterior à 12ª semana.

Locução: “E por isso Marco Feliciano decidiu renunciar.”

Imagem de feto abortado com a legenda: “Não, não é hora de morrer”

Locução: “ Renunciar sua privacidade, renunciar noites de paz e sono tranquilo, renunciar momentos preciosos com a própria família, a fim de não renunciar a comissão de direitos humanos para que a sua família seja preservada. “

Imagens do deputado Marco Feliciano supostamente chorando.

Legenda: “Então disse Jesus aos seus di quiser vir após mim, renuncie
sua cruz, e siga

Locução: “Renuncie você também.”

Ler isto como um texto, me fez perceber ainda mais, a intencionalidade acusadora da montagem. A sequência de manchetes e crimes passionais envolvendo homossexuais e a seleção das falas dos deputados, seguidas de frases de efeitos da locução, certamente não consistem em uma simples compilação de meros documentos para ilustrar a mensagem do vídeo. Gostaria de ser uma exímia examinadora de discursos para esmiuçar este texto.

Fica um desabafo e um apelo aos colegas que se dedicam ao Tempo Presente: não fechemos os olhos.

UPDATE EM 02.04.2013:

Segundo matéria do Globo.com, após ser acusado de racista, o deputado Marco Feliciano procurou em Porto Velho por 30 pastores negros e tirou foto com eles para mostrar que não é racista. Peraí, minha gente, qual parte é a piada de mau gosto?

E ainda, “capitaliza” em cima do seu “sofrimento”:

“Em Porto Velho, Feliciano participou de um congresso da Igreja Assembleia de Deus. A milhares de fiéis, o pastor e deputado mostrou que a crise no Congresso não o constrange. Pelo contrário: na pregação feita na noite de domingo, o deputado capitalizou com o episódio. Disse estar precisando de ajuda e pediu aos fiéis que comprem seus produtos — CDs, DVDs, livros — e que fizessem ofertas a ele. Feliciano afirmou ainda no discurso ser exemplo para os fiéis, que estavam ali para ver um “mito”, que vem resistindo a “ameaças de morte”. O deputado chegou a falar que os brasileiros ainda ouvirão um presidente da República cumprimentar seus eleitores com “a paz do senhor Jesus”.” (grifo meu)

Diacronie n. 12 Sulle tracce delle idee: “Sopravviverà la storia all’ipertesto?”

É com prazer que compartilho com vocês meu primeiro artigo publicado em Italiano sobre a relação entre História e Digital.

Este artigo é fruto da reelaboração de algumas ideias que eu já havia desenvolvido em “Histórias no Ciberespaço: viagens sem mapas, sem referências e sem paradeiros no território incógnito da Web”, nos Cadernos do Tempo Presente, e em minha fala nas “VIII Jornadas de Historia Moderna y Contemporánea” em Buenos Aires, novembro passado, “Do texto ao hipertexto: notas sobre a escrita digital da história no século XXI“.

(en) I am pleased to share with you my first article published in Italian on the relationship between “History” and “Digital”.

This article is the result of the reworking of some ideas I had developed in “Histórias no Ciberespaço: viagens sem mapas, sem referências e sem paradeiros no território incógnito da Web”, in Cadernos do Tempo Presente, and in my talk in the “VIII Jornadas de Historia Moderna y Contemporánea”, in Buenos Aires, last November, “Do texto ao hipertexto: notas sobre a escrita digital da história no século XXI“.

“Sopravviverà la storia all’ipertesto?”. Qualche spunto sulla scrittura della storia ai tempi di internet

“Plongeoir malgache (b&w version)” by REMY SAGLIER – DOUBLERAY on Flickr (CC BY-NC-ND 2.0)

“Plongeoir malgache (b&w version)” by REMY SAGLIER – DOUBLERAY on Flickr (CC BY-NC-ND 2.0)

Abstract (en): This paper examines theoretical and methodological aspects related to the writing of history in the Digital Age. It’s a sort of introduction on some issues and problems on the relationship between history and the Internet in the early years of the century (2001-2011). We highlight mainly problems concerning the use of historical sources and documents available in cyberspace. It’s especially about issues regarding the use of hypertext as a new way for a reference system more virtual than the classical footnotes system.

Keywords: History, Digital History, Internet, Hypertext, cyberspace.

Abstract (it): L’articolo analizza aspetti teorici e metodologici relativi alla scrittura della Storia nell’era digitale. Si tratta di un approccio di carattere introduttivo ad alcune tematiche e problemi propri delle relazioni tra storia e internet nei primi anni del secolo XXI (2001-2011). Verranno analizzati, principalmente, i problemi relativi all’utilizzo delle fonti storiche e documentarie disponibili nel cyberspazio. Analizzeremo, soprattutto, le questioni relative all’uso del ipertesto come nuovo percorso per un sistema di riferimenti, per quanto virtuale, rispetto alle classiche note a piè di pagina.

Parole chiave: storia, storiografia digitale, internet, ipertesto, cyberspazio.

Ref: Lucchesi, Anita, «“Sopravviverà la storia all’ipertesto?”. Qualche spunto sulla scrittura della storia ai tempi di internet», Diacronie. Studi di Storia Contemporanea, N. 12, 4|2012

URL: <http://www.studistorici.com/2012/12/29/lucchesi_numero_12/&gt;

Cadernos do Tempo Presente navegando em águas profundas

Feliz em noticiar que os Cadernos do Tempo Presente do Grupo de Estudos do Tempo Presente (CTP-GET) chegam à sua 10ª edição anunciando parceria com a revista Italiana Diacronie – Studi di Storia Contemporanea (ISSN 2038-0955). Leitora dos dois periódicos, não tenho dúvidas de que esta novidade tende a promover um excelente intercâmbio de ideias. Super saudável e notável que um periódico digital brasileiro aproveite as possibilidades de colaboração trazidas pela internet para realizar este tipo de ponte. Da parte de Diacronie, já conhecida por sempre trazer textos extra-Itália, parece que a parceria com outro periódico eletrônico, só tende a reforçar ainda mais este perfil aberto de suas ediçõe, desta vez, cruzando virtualmente o Atlântico.

Curioso é que ambas as revistas estão regulando, mais ou menos, em número de edições (CTP no seu n. 10 e Diacronie em seu n. 11). Muito bom! Para além da afinidade temática, de ambos os lados, temos ainda um longo caminho de crescimento pela frente.

Parabéns ao CTP, já Qualis B2 este ano, por mais esta edição, como sempre, trazendo questões que pertubam nosso Tempo Presente, com pitadas de História Cultural e também uma levada de Teoria e Metodologia da História (que tanto me apraz!).

Meu reconhecimento vai, em especial, para a equipe que faz o CTP acontecer, com muito suor (mesmo no ar condicionado!), empenho e dedicação. Aos colegas: Karla Karine de Jesus Silva, Monica da Costa Santana, Carole Ferreira da Cruz, Luyse Moraes Moura, Diego Leonardo Santana Silva, Raquel Anne Lima da Silva, e claro, o coordenador desse timão, Prof. Dilton Cândido Santos Maynard, mais todo PET-UFS que dá suporte e incentiva o CTP. Parabéns por esse brilhante 2012, pessoal!

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Daqui dos bastidores, obrigada também ao prof. Serge Noiret (IFPH/EUI) por ter indicado os Cadernos do Tempo Presente à Jacopo Bassi (editor de Diacronie).

Qui dal backstage, grazie anche al prof. Serge Noiret (IFPH/EUI) per aver raccomandato i Cadernos do Tempo Presente a Jacopo Bassi (editore Diacronie).

Afinal, o que é História Pública?

Tenho me interessado pela relação entre Digital e Public History. Recentemente afiliei-me ao National Council on Public History e à International Federation for Public History e comecei a participar de algumas listas de discussões a respeito. Penso que seja um extraordinário terreno (não mais baldio) para explorarmos e descobrirmos mais ainda como o Brasil pode e tem feito iniciativas de Public History internet afora.

Segundo o NCPH, Public History seria a história aplicada, a história e os diversos modos como ela é colocada no/para o mundo. Este ano o Núcleo de Estudos em História da Cultura Intelectual (NEHCI) da USP, organizou um evento sobre, o “Simpósio Internacional de História Pública: A história e seus públicos(cujo site atualmente encontra-se vazio). Pela proposta, parece ter sido um evento e tanto (infelizmente não participei), mas acredito que um evento como este, pelo que já googlei e sondei aqui e ali sobre História Pública no Brasil, mereça reedições em 2013.

Questões, dentre as colocadas pelo seminário,devem continuar a ser discutidas em encontros do tipo para, finalmente, entrar em pauta em nossa tão ortodoxa academia. Só lendo e discutindo isso entre os pares estaremos em grado, penso eu, de criticar quando um não historiador produz algo para a divulgação do difusão do conhecimento histórico para amplas audiências (desde quadros históricos no Fantásticos, vídeos no Youtube, artigos de Revistas, como “Aventuras na História”, até novelas scripts para novelas como “Lado a Lado”):

  • o lugar da história pública na academia brasileira;
  • os trajetos da história pública no Brasil e no exterior;
  • a ampliação dos horizontes de atuação para o historiador;
  • a exploração de novos modos de fazer história;
  • a relação entre historiadores e a diversidade de públicos a que eles se dirigem, bem como a influência dos mesmos sobre os produtores desse conhecimento;
  • o impacto social e público da produção acadêmica brasileira na área de história;
  • a função da história pública na divulgação e no gerenciamento do patrimônio material e imaterial;
  • o impacto das novas mídias sobre as estratégias de produção e publicização da história;
  • os cruzamentos entre história pública e outras áreas de conhecimento aplicado, como o jornalismo, as relações públicas, a gestão de organizações, o turismo;
  • o papel do historiador profissional diante de celebrações, comemorações, memoriais;
  • a relação entre história e literatura, em múltiplos âmbitos de narrativa histórica: as biografias, os testemunhos, a ficção histórica.

Vale a leitura da descrição simpática do NCPH “What is Public History“:

When it comes to defining public history, practicing public historians might be tempted to recall the United States Supreme Court justice who offered this provocative short-hand definition of obscenity and pornography back in 1964: “I know it when I see it.”  For veterans and new professionals in the field, this might be good enough.  But for those unfamiliar with the term, a little more elaboration is in order.

The name of the NCPH blog – History@Work – offers a handy distillation: public history describes the many and diverse ways in which history is put to work in the world.  In this sense, it is history that is applied to real-world issues. In fact, applied history was a term used synonymously and interchangeably with public history for a number of years.  Although public history has gained ascendance in recent years as the preferred nomenclature especially in the academic world, applied history probably remains the more intuitive and self-defining term.

Public historians come in all shapes and sizes.  They call themselves historical consultants, museum professionals, government historians, archivists, oral historians, cultural resource managers, curators, film and media producers, historical interpreters, historic preservationists, policy advisers, local historians, and community activists, among many many other job descriptions.  All share an interest and commitment to making history relevant and useful in the public sphere.

Although public historians can sometimes be teachers, public history is usually defined as history beyond the walls of the traditional classroom.  It can include the myriad ways that history is consumed by the general public. Those who don’t always remember their high school and college history classes fondly are often the same people who spend holidays, vacations, and their spare time seeking out history by choice: making pilgrimages to battlefields and memorials, visiting museums, watching television documentaries, volunteering with historical societies, participating in a community history project, and researching family histories.

Less familiar are the ways that history can be created for – and utilized by – specialized audiences.   These forms of public history are not necessarily intended for public consumption, although they can sometimes affect the general public, as when a state park system undertakes a management plan to reinterpret an historic site or when a local non-profit organizes a community oral history project that provides the research for an historic walking tour.  It’s also important to remember that while public history can promote popular understanding of history, the goal of many projects may not be explicitly educational at all.  Thus, an institutional history written by an historical consultant for a business client might be used to help organize a corporate archive.  Another sort of “product” or “deliverable” might be an environmental and  land use history used by a court to decide an issue of western water rights.  A town that commissions an architectural survey is likely looking to encourage historic preservation and to enhance the quality of life, as well as perhaps to promote heritage tourism and economic development.

In terms of intellectual approach, the theory and methodology of public history remain firmly in the discipline of history, and all good public history rests on sound scholarship.  Most university public history programs, for example, teach their students to be historians first and foremost, with additional training in the skills and perspectives useful in public history practice.  Over the years, some have argued that public historians are more self-consciously interdisciplinary than traditional historians, but this distinction seems to be disappearing as the discipline of history itself has become more broadly multi-disciplinary.  Unlike many historians in the academy, public historians routinely engage in collaborative work, with community members, stakeholders, and professional colleagues, and some contend that collaboration is a fundamental and defining characteristic of what public historians do.  The collaborative approach inspires regular debates about a role for “shared authority” and the proper place for the “professionalization” of local history.   As with public scholarship in general, digital technologies play an increasingly important role in the work of public historians, creating new spaces where they share their work and encounter fresh and varied audiences.

Historians have always engaged in public history work, inside and outside the academy, although by the 1960s and 1970s, in the midst of a woeful job crisis for PhD’s, the profession had largely forgotten its professional roots in historical societies, museums, archives, and government offices.  The public history “movement” emerged in the United States and Canada in the 1970s, gaining visibility and influence through the establishment of public and applied history programs at universities.  The founding of the National Council on Public History dates to this period, as does its scholarly journal, The Public Historian.  Today it is difficult to view public history as a movement, when it has been incorporated into the curricular offerings of hundreds of institutions of higher learning across the globe, in Canada and the United States, but also in Australia, China, Germany, India, Ireland, New Zealand, and the United Kingdom.  Some would argue, however, that it retains characteristics of a movement through the on-going commitments of many current practitioners to ideals of social justice, political activism, and community engagement.

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Há muito mais neste blog History@Work!

Interessados em trabalhar com Public History podem ver também: NCPH Guide to Public History Programs

Historiografia Digital na Wikipédia

Após 15 dias de avaliação, o verbete “Historiografia Digital” que inseri como contribuição na Wikipédia em Língua Portuguesa foi aprovado para permanecer no site. O artigo criado em 04 de março foi inicialmente julgado incipiente e caracterizado como pesquisa inédita por alguns usuários desta wiki que decidiram levar a página à votação para ser eliminada. Quem é colaborador de wikis sabe como funciona.

A eliminação deveria ter ocorrido no dia 11 de março, mas foi prorrogada até o dia 19 (ontem) porque o número de votos a favor da eliminação da página não eram suficientes. O juízo atribuído à página baseava-se na falta de referências para o tema em português, fontes não verificáveis e o texto foi considerado confuso.

Como estava estreando nesta wiki eu confesso que não dominava (e ainda não domino) completamente todas as ferramentas para a formatação do texto, inserção de notas de rodapé, categorias e etc. Mas ao menos no que dizia respeito ao conteúdo e forma do texto, tentei melhorar. Enxuguei o texto a fim de torná-lo mais objetivo e também aberto para novas colaborações, pois a idéia justa-posta das wiukis é esta do texto com multi-autorias. E àquilo que pude ler em português (CASTELLS, DANTAS e SÁ) juntei as referências bibliográficas que eu tinha em italiano e inglês.

Anseio que este verbete seja bastante lido, criticado e melhorado. Sinto muito forte a necessidade de se estabelecer um debate acerca deste tema no Brasil.

Um dos usuários* fez o seguinte comntário na página de votação pela eliminação:

O artigo esta ficando cada vez melhor com o tempo, um principio da wiki é que devemos incentivar novos usuários a escrever artigos. Apagar um artigo com esta quantidades de informação é um balde de agua fria. Os links externos mostram que o tema não é incipiente. Algumas das biografias em portugues possuem 4 anos! Uma verificação da bibliografia e dos links externos mostram claramente que não é pesquisa inédita. (discussão) 16h03min de 12 de março de 2009 (UTC) Por favor, reflitam

Ao qual respondi com o comentário abaixo:

A idéia que eu tive em criar este verbete foi justamente a de, com o tempo, ir melhorando o artigo. Estou lendo a respeito deste tema (infelizmente em outros idiomas) pelo menos há 10 meses. Mantenho um blog sobre o assunto e estou começando um projeto de monografia sobre História e Internet que é, inevitavelmente, perpassado pela Historiografia Digital. O que escrevi, em primeiro instante, precisa ser melhorado, claro, e eu gostaria muito se outras pessoas se propusessem a fazê-lo. O assunto no Brasil é pouquissimo discutido, mas não penso que por isso seja incipiente. Faço um apêlo a quem puder ajudar melhorar o artigo e para aqueles que votaram pela exclusão, que reflitam. Nos Estados Unidos e na Europa o tema está muito a frente do que eu fui capaz de sintetizar neste artigo, porém, desejo imensamente que o assunto seja discutido no Brasil, não somente na academia, mas por todos. Julguei que a inclusão do artigo na wikipedia era uma bom caminho para incentivar isto.–Anita Lucchesi (discussão) 13h31min de 13 de março de 2009 (UTC)

Dito isto, penso que a intencionalidade da criação de tal verbete esteja colocada. Entretanto, quero ainda trazer mais um comentário, de um autor* diferente, para ilustrar como o assunto foi encarado. Os grifos são meus:

“O artigo foi bastante melhorado pela Anita Lucchesi D C E, mas ainda assim não o julgo enciclopédico; o tema ainda parece-me por demais incipiente, tanto que não existe nas outras wikis. Evidentemente posso estar enganado. 20h58min de 4 de março de 2009 (UTC)”

*preservo a identidade dos autores.

Considero importante agora colocar o link para a Wikipédia em Língua Inglesa: Digital History.

Por fim, copio e colo o verbete. Sintam-se convidados a colaborar!

Historiografia digital

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A historiografia digital é uma das formas possíveis para abordar e analisar a historiografia utilizando as novas tecnologias de comunicação. É o estudo da escrita da História com o recurso à informática aplicada às Ciências Humanas.

O historiador que trabalha com esta ferramenta trabalha online, isto é, utilizando como ferramenta básica, um computador com acesso à internet. A Historiografia Digital tem como base os recursos que o mundo digital oferece, como o hipertexto, os bancos de dados e as redes sociais, que possibilitam criar e compartilhar o conhecimento histórico.

A historiografia digital complementa outras formas de historiografia, das quais absorve o rigor metodológico necessário para o exercício da compreensão de determinados acontecimentos na história, utilizando-se das modernas tecnologias de informação e da web.

Índice

  • 1 O ofício do historiador e o uso da internet
  • 2 Os primeiros passos da disciplina
  • 3 Bibliografia
  • 4 Ligações externas

O ofício do historiador e o uso da internet

O historiador que realiza uma pesquisa valendo-se da internet como um dos canais para chegar aos documentos e usando a mesma para posteriormente divulgar e compartilhar os resultados e fontes de referência de sua pesquisa já está, mesmo que inconscientemente, lançando mão da Historiografia Digital. Toda a produção historiográfica que foi afetada através da web, seja na sua fase de produção ou na de promoção, está já marcada pela força do digital. Discute-se muito atualmente quais seriam as efetivas questões relevantes que a Era Digital traz para o ofício do historiador. Os historiadores do século XXI não podem ser omissos neste debate, eles não podem deixar de se colocar questões a respeito de como as novas mídias sociais e as tecnologias da informação e comunicação estão afetando o aprendizado e o ensino da disciplina nas diferentes instituições. No Brasil, porém, a disucussão à respeito deste tema ainda está bem reduzida, o que explica também o número reduzidos de fontes no nosso idioma.

Torna-se necessária a reflexão sobre as transformações que a sociedade vem sofrento nos últimos 30 anos, sobretudo nos últimos 20, depois da invenção do World Wide Web. O historiador francês Roger Chartier, especialista em história da leitura, por exemplo, atenta para o futuro dos livros na era da informação. O mercado editorial e os diferentes jornais e revistas também já se preoupam em se adequar ao novo estilo de vida das pessoas, basta que atentemos para o número de informativos online, revistas que disponibilizam também conteúdo extra, espaços que permitem a interatividade do leitor, maior liberdade para dispor de outras mídias para complementar notícias (som, imagem e videos), que acabam por transformar a relação do leitor om a informação. Até mesmo as tradicionais telenovelas, que costumam atingir uma enorme público nas televisões brasileiras já estão acompanhando as mudanças, algumas emissoras possibilitam que capítulos possam ser revistos online, pedem a opinião dos telespectadores sobre a história e modificam também esta relação público e personagens, antes tão distante. Existem também as webséries, espécie de seriados televisivos produzidos e reproduzidos exclusivamente na web.

Os primeiros passos da disciplina

A assim dita Historiografia Digital, entretanto, não possui ainda um léxico técnico sedimentado ainda, o que dificulta ainda mais a aceitação dela por parte de historiadores de gerações anteriores à nossa, uma vez que o debate acerca do tema, não havendo ainda uma nomenclatura bem definida, parece ainda frágil e incipiente. Apesar disto, em muitos países o estudo da informática aplicada às ciências humanas é já bastante difundido e nos Estados Unidos e na Inglaterra, por exemplo, já vem sendo estudada a Digital History – terminologia corrente utilizada em inglês – de forma sistemática e organizada. A universidade norte-americana George Mason, na Virgínia, por exemplo, possui um centro voltado somente para o estudo sobre a história e novas mídias, o Center for History and New Media, que além de ser referência no tema pela elaboração de ferramentas e desenvolvimento de projetos, oferece uma vasta bibliografia a respeito, a começar pelo volume considerado indispensável como texto base e introdutório sobre Historiografia Digital “Digital history: A Guide to Gathering, Preserving, and Presenting the Past on the Web”, de Daniel J. Cohen e Roy Rosenzweig. Também é possível encontrar em língua italiana um volume que reune textos de 04 diferentes autores sobre o tema, que é o “Storiografia Digitale”, curado por Dario Ragazzini que contém texto dele mesmo e de Serge Noiret, Monica Gallai, Luigi Tomasini e Stefano Vitali, no qual discutem as novas problemáticas dos estudos históricos diante da revolução informática.

Bibliografia

Ligações externas

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